terça-feira, 1 de março de 2011

Devaneio inicial, boas vindas.

Descobri há muito, um tipo de pessoa, descobri há muito a minha pessoa. Um pouco do que são meus amigos, ou ao menos do que um dia foram. Um anjo que faz como os demônios fazem. Em mim relacionam-se: A luz e as trevas! Pois tudo se interliga.


Mesmo de longe posso ver todos que me cercam. Ainda hoje posso ver todos fingindo que são felizes, todos que acreditam que são felizes, ou querem acreditar que são felizes. Que felicidade é essa que eles tanto têm em exibir-se para outro? Que felicidade é essa que não volta com as lembranças? Onde estão os seus sorrisos sinceros? Essas pessoas vão ao circo, riem do palhaço e não da palhaçada, e assim não compartilham a alegria, que os domina, com o palhaço. São capazes de rirem e debocharem tanto, de entristecer o pobre palhaço. Não consigo entender porque são todos tão ruins uns com os outros.

Às vezes penso em mostrar o mundo que descobri. O meu mundo. Gostaria que vissem a vida além de um padrão. Gostaria que vissem a vida de forma simples e complexa. Sem tantas preocupações com divindade, se não com a sua própria. Quero que criem, saibam manter e que destruam. Quero que larguem o seu ponto de vista, o ponto que lhe da uma visão única, quero que vejam mais outros, quero que saibam ver, que consigam entender porque vêem algo, que encontrem o ponto de vista de um outro e que entenda porque daquele ponto se tem aquela vista. Quero que saibam ser observadores. Quero que aprendam a viver positivamente para si e para outros.

Sou julgado como louco! Mas realmente sou! Sou louco! Pois descreio de todas as minhas crenças, ainda nelas crendo! Pobres almas... Falam da loucura com desprezo. Julgam a loucura como algo ruim! Apenas por não saberem como controlar-la com sua sensatez, ou talvez por desconhecerem dessa arte. Pobres almas... Não conhecem a doce loucura.

“ - Interligações

Apesar de escrever por mim
Um ato de amor ao próximo
Que é esse de escrever

Se posso causar mal?
Em meu erro,
Pegue o acerto!

Sou louco! Pois descreio
De todas as minhas crenças
Ainda nelas crendo!

Em mim já relacionam-se:
A luz e as trevas!
Pois tudo se interliga”


No fim nada eu posso fazer, a não ser viver, respirar, crescer, evoluir. Ser exemplo. Ser a cura que se prolifera assim como o câncer de nossa sociedade. Posso querer bem a outros que não querem bem a si mesmo? Ou posso querer mal? Ou posso ser mais que um louco?